quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Essa tal de Luana Borges

Sou boa quando me dedico.

Muitas vezes tenho medo.
Outras vezes tenho tanta ânsia em fazer tudo que o nada me basta.
Sou uma pessoa intensa em todos os sentidos.
Gosto de cozinhar.
Não aprendi a dançar.
Já apanhei na escola.
Já levei ocorrência por não ter feito o dever.
Nunca fui uma boa aluna.
Sempre irritei meus professores.
Já escutei de uma professora que eu não conseguiria concluir o primário.
Estou concluindo minha graduação.
Creio que ninguém entenda meus propósitos nem a essência da minha vida.
Sempre tive relacionamentos em gráficos de linhas alternantes.
Não sei demonstrar meus sentimentos.
Já fingi namorar meu melhor amigo para ter credibilidade.
Nunca fingi uma amizade.
Já pulei corda e elástico.
Já tive um ioiô da coca-cola – e era boa nisso =D
Já joguei futebol na rua com os meninos. Briguei com meu irmão por isso.
Sou apaixonada por futebol, boxe e patinação no gelo.
Gosto de chupar gelo.
Já beijei um garoto atrás da igreja.
Já sofri por amor.
Já fui traída, abandonada, mal amada e ignorada. Achei que ia morrer depois disso.
Escrevi mais de cem poemas por causa disso.
Sempre escrevo o que sinto.
Já escrevi um livro - ainda não publiquei.
Penso que vou morrer toda vez que tenho ressaca.
Tenho gastrite nervosa crônica.
Já achei que irira casar antes dos 25. Hoje me imagino doutora aos 34.
Já fui subitamente beijada por um total desconhecido.
Estou envolvida.
Sempre faço loucuras por amor.
Tenho uma vontade louca de morar na Nova Zelândia.
Sou viciada em suco de laranja e café ou seria em café e suco de laranja?
Sou viciada em conhecimento, em cinema, em literatura e tecnologia.
Sou viciada em outras coisas, mas não quero contar aqui.
Não sou viciada em cigarro.
Acho que não sei tragar – meu pulmão acredece por isso.
Tenho medo de dirigir.
Acho estranho ter medo de uma coisa que você não sabe muito bem como é.
Sempre confundo direita e esquerda.
Já escrevi em caderno de caligrafia.
Já escrevi meu nome numa árvore.
Já fiz pacto de sangue com sangue – fiquei com medo de pegar alguma doença por causa disso.
Já fiz pacto de sangue com catchup - fiquei frustrada e achei que era melhor com sangue.
Tenho o corpo fechado e raramente adoeço.
Não sei fazer mapas.
Gosto de Bossa Nova e samba – minha mãe e minha irmã sempre reclamam disso.
Gosto de Heave Metal.
Sim, eu sou eclética e tenho a mente aberta para as diferenças.
Acredito em relacionamento entre pessoas diferentes – se fossem iguais seria extremamente chato.
Ainda moro com meus pais. As vezes fico triste por causa disso.
Já brinquei sozinha.
Já tive amigos de pelúcia.
Já pensei que todos ao meu redor fossem robôs ou atores conspirando contra mim.
Gosto de propagandas e ações de marketing bem elaboradas.
Faço Comunicação.
Desisti de jornalismo para fazer publicidade.
Gosto de todas as coisas relativas à WEB.
Gosto mais de interações face a face.
Estou mais calma depois que escrevi esse texto.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma versão de mim

Me acho um Et de calcinha...
Meu mundo é inacreditávelmente fantástico e até mesmo insuportável para algumas pessoas.
Minha cabeça é indecifrável e "tirar o suco" dela é algo um pouco inexorável...
Tenho tanta dificuldade de traduzir meus pensamentos que sinto dor, talvez por isso a convivência comigo seja tão insuportável. Estou sempre incomodada, sempre dolorida e sempre insatisfeita com as insatisfações alheias.
Sou meio John coffie, sempre um pardal na chuva, sozinha... Não, eu não tenho par, sou um pouco Joker, sempre rindo do que não existe, sempre construindo meus pensamentos no caos que transcende ao universo. Sou como um amigo meu fala, um cálculo matemático improvável, maníaco e inesgotável... Como 2+2=5. Sou meio palhaça, faço pirraça, faço rimas e não-rimas. Eu posso tudo, apesar de muitas pessoas falarem que eu não posso nada. Pra mim tudo é possível e sempre subverto o que se aproxima de mim. Quero sempre transgredir, explorar, descobrir algo novo, acrescentar algo novo. Pra mim nada tem formato, forma, fórmula ou composição definida. Eu me invento a cada segundo, eu mudo a cada fração de segundo. Sou ansiosa, perdida e estabanada. Estou sempre a procura, sou sempre alto-crítica, sempre egoísta e quase sempre maluca, louca e insandecida. Eu sou o que você não pode ser e o que ninguém jamais será .Eu sou o que sou e você pode ou não gostar... De uma personalidade initendível e uma lealdade inquestionável. Prazer, Luana, mas, pode me chamar de lu, lulu, lua ou luluca... Eu sou vários nomes em uma só pessoa. Sou várias pessoas e sou uma só.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A caixa de Pandora (Parte I)

Ela amava o infinito. Do infinito era parte e o infinito se fazia nela. Não era aquele infinito ao qual damos proporção, era um infinito incalculável, insólido, impossível de se medir ou mesmo de se ver. E, por isso torna-se incompreendido. E ela, incompreendida pois portava dentro de si algo impassível à compreensão humana.

A garota, no entanto, tinha ânsia de ser perfeita e assim se fazia imperfeita, por acreditar que nada existiria além de sua perfeição. Fora criada para isso e para isso deu-se. Se pronunciava com clareza, era adequadamente limpa e organizada. Era moça impecável, doce, amiga e, se não bastasse, proferia palavras que exaltavam qualquer um que estivesse até a dez metros de distância dela.

Sua família lhe conferia o título, e, nada havia de errado com ela. A não ser pelo seu nome. Pandora.

- Pandora? Escutava isso desde a infância.
- Sim, Pandora!

O nome lhe havia sido dado por sua avó, que ficara louca pouco antes de seu nascimento. Anastácia era seu nome. Anastácia - A louca, como era chamada. Mulher já idosa que usava unhas negras e saia as ruas bem maquiada. Seus cabelos eram impecavelmente tingidos de vermelho, tão intenso que sua cabeça parecia estar sangrando constantemente. A velha falava dos mortos e contava histórias assustadoras.

O nome, Pandora, veio de seu nascimento. A menina rosa trouxe, no momento em que nasceu a mensagem de morte para sua mãe e a mensagem da sua própria morte. Anastácia a amaldiçoou sem medo da aglomeração à sua volta que lhe testemunhava.

Com todo o escândalo dentro do hospital, não demorou muito até que o cônjuge da falecida tirasse o bebê da velha louca. O pai da garota estava estarrecido com o falecimento de sua namorada, ao menos sabia que ela estava grávida. Chorava muito, não disse nada, apenas pegou a menina e saiu andando lentamente até a porta giratória. Felipe, nunca iria esquecer aquele dia, as paredes verdes rigorosamente limpa e aquele cheiro enjoativo de desinfetaste impregnava suas narinas. Sua vontade era ir embora, sumir com sua filha, ir para qualquer ponto no universo onde a lembrança de sua amada não lhe atormentasse.

Quando estava quase conseguindo sair pela porta e deixar todo aquele choro para trás, Anastácia - A louca, ainda atormentada pela morte da filha lhe grita. - Felipe! e, se jogando a seus pés lhe pede. Chame-a Pandora, é meu último pedido.

Felipe temeu aquelas palavras até seu último fio de cabelo. Se tremeu todo e num ato súbito levantou a velha, olhou bem nos olhos dela e não disse nada, apenas fez com a cabeça que sim. Anastácia deu um sorriso sem mostrar os dentes, lhe marcou com as unhas e disse. Essa caixa é para ela, fui eu mesma que fiz. Dê a ela quando for hora. Você saberá quando for a hora.

A velha deu uma gargalhada e seu corpo desintegrou no ar, como se tivesse sido transformado em pó. Era um pó negro que tirava das narinas de Felipe aquele cheiro insuportável de hospital, e criava um clima hostil naquele ambiente incomparavelmente limpo. Há aqueles que duvidam dessa história, mas, o que se sabe, é que os cabelos de Pandora eram louros em sua ficha de hospital, e, em sua certidão de nascimento, dois dias após o fato, eram negros.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

(Quase) felicidade

Quem sabe um dia fosse eu burra
Para que assim merecesse minha arte
E de partes afins depreendesse minha alma

Quem sabe um dia fosse eu burra
Logo o sono me tamparia o discernir
E de longe vários apreciariam minha arte

Quem sabe um dia fosse eu burra
Nada de mim exigisse, nem de outros soubesse
E um dia o amor suficiente tornaria-se pra sorte

Quem sabe um dia fosse eu burra
Para bastar um bem ao lado meu. Felicidade
E ignoraria eu os mal feitos e inconveniências alheias

Quem sabe um dia fosse eu burra
Ai de de mim, decerto que o amor bastardo do amor
Faz de si coisas grandes e nele mesmo se faz completo

Quem sabe um dia fosse eu burra
Te teria, e muitos outros ao meu lado

Quem sabe um dia fosse eu burra
Quem sabe assim você me amava

sábado, 11 de abril de 2009

Preciso de um calmante
Estou enlouquecida

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Com o tempo

Com o tempo eu aprendi que só a convivência constrói bons relacionamentos...

Com o tempo eu aprendi que a gente não tropeça em alguém no dia, e no outro namora... Pois não se descobre a "pessoa certa" do dia pra noite...

Com o tempo eu descobri que a pessoa certa é aquela companheira. Que curte com você, que se importa com você...

Com o tempo eu descobri que não se ama quem não se conhece e que obsessão é algo muito fácil de se confundir com o amor...

Com o tempo eu descobri que não tem amor incurável, nem dor de cotovelo interminável...

Com o tempo eu descobri que amar quem a gente perde é muito fácil. E que difícil mesmo é amar quem a gente tem nas mãos...

Com o tempo eu descobri que amor de verdade tem respeito, tem confiança e tem cuidado... Tem carinho, tem mimos, tem amizade, muita amizade...

Com o tempo eu descobri que conviver é a tarefa mais difícil a qual eu me propus...

Com o tempo eu aprendi que a gente não pode ter tudo o que quer...

Com o tempo eu descobri que tudo que fazemos ao outro, volta na mesma proporção e temos que estar dispostos a arcar com nossos atos...

Com o tempo eu confirmei que a vida sem diversão não tem graça... Todas as nossas atividades, nossos atos, expectativas, sonhos... Enfim, tudo o que somos, sem diversão não tem nenhum sentido....

Com o tempo eu aprendi a esperar e a construir relacionamentos que quero ter pra sempre...

Com o tempo aprendi que a amizade é o primeiro passo para um futuro amor...

Com o tempo eu concluí que quero me jogar e viver tudo o que eu quiser...

Com o tempo eu aprendi que a pessoa certa pra mim é a que quer compartilhar a vida e não acorrentar a alma...