A meia noite
Algo mudou em mim
Pode ter sido aquele beijo
Maaaaaaas, enfim...
Morri de amor
A minha roupa mudou
Nem roupa era mais
Era um trapo que se faz
Se faz de bem e de lábio
Ajunto adjuntado de outro lábio
Mas
A minha carruagem também mudou
Virou abóbora outra vez
E meu choffer
Transformou-se num grilo
E ele falava
Espantoso
Meu príncipe
Derrepente
A meia noite
Virou um sapo amordaçado
Não verdadeiramente um sapo
Pois príncipe nunca existiu
Ou fingiu que nunca existiu
Nem nada
Na verdade
Na verdade
Ele sumiu no meio da estrada
E
Eu
Bom,
Eu fiquei ali
Com cara de taxo
Vendo meu coração morrer
Sentindo minha alma murchar
Até que
Bem...
Eu renasci
Feito fenix
Feito autora
Que mistura
Conto de fadas
Mitologia grega
Eu posso mundar minha história
Eu que escrevo essa glória
Enfim...
Eu perdi meu sapatinho
Era lindo
De cristal
No fim
Remonto- me aos pouquinhos
Espero e vou indo
Esperando quem vem me calsar
Espero o sapatinho que sirva
Espero o amor?
Que demorou
Fingiu que veio
E não veio
E depois do desdeio
Desertou
O meu deserto
Agora espero
O esteio
Decerto que me veio
Não era certo
Profanou
Ele é vital
Por certo
Não ficou
Foi enbora
Eu não o vejo
É lindo
Não o vejo
O amor que eu não vejo
O amor que eu não quero
Pode estar
Pode vir a qualquer hora
Mas eu não posso esperar
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
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