quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Meia noite

A meia noite
Algo mudou em mim

Pode ter sido aquele beijo
Maaaaaaas, enfim...

Morri de amor
A minha roupa mudou

Nem roupa era mais
Era um trapo que se faz

Se faz de bem e de lábio
Ajunto adjuntado de outro lábio

Mas
A minha carruagem também mudou
Virou abóbora outra vez

E meu choffer
Transformou-se num grilo
E ele falava

Espantoso

Meu príncipe
Derrepente
A meia noite

Virou um sapo amordaçado
Não verdadeiramente um sapo
Pois príncipe nunca existiu

Ou fingiu que nunca existiu
Nem nada

Na verdade
Na verdade

Ele sumiu no meio da estrada
E
Eu

Bom,
Eu fiquei ali
Com cara de taxo
Vendo meu coração morrer
Sentindo minha alma murchar

Até que
Bem...
Eu renasci

Feito fenix
Feito autora

Que mistura
Conto de fadas
Mitologia grega

Eu posso mundar minha história
Eu que escrevo essa glória

Enfim...
Eu perdi meu sapatinho
Era lindo
De cristal

No fim
Remonto- me aos pouquinhos
Espero e vou indo
Esperando quem vem me calsar
Espero o sapatinho que sirva
Espero o amor?


Que demorou
Fingiu que veio
E não veio
E depois do desdeio

Desertou
O meu deserto

Agora espero
O esteio
Decerto que me veio

Não era certo
Profanou
Ele é vital

Por certo
Não ficou

Foi enbora
Eu não o vejo

É lindo
Não o vejo

O amor que eu não vejo
O amor que eu não quero
Pode estar
Pode vir a qualquer hora
Mas eu não posso esperar

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